

Processo de Pintura Eletrostática
O processo de pintura eletrostática é feito em duas etapas distintas, a primeira é o Pré-Tratamento superficial e a segunda a Pintura Eletrostática diretamente na peça dispensando a aplicação de qualquer tipo de base.
O processo de pré-tratamento de superfície e tão importante quanto a aplicação da tinta no processo de pintura eletrostática, é nesta etapa onde todas as impurezas que não fazem parte do metal são removidas da superfície das peças de forma a garantir a perfeita ancoragem da tinta na superfície do metal.
O processo pode ser feito por imersão química, mecânico por jateamento, ou duplex onde conciliamos a base da pintura eletrostática com galvanização eletrolítica, a fogo ou KTL. O processo duplex consiste em aumentar consideravelmente a vida útil dos componentes principalmente em ambientes muito agressivos como indústria química e instalações que sofrem influência de maresia.
Processo de Pré-Tratamento por Imersão
O processo por imersão é feito através banhos químicos, lavagem com água corrente e secagem em estufa a 100°C durante um período suficiente para evaporação dos líquidos contidos na superfície das peças
Etapas do Processo:
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Desengraxante aquecido a 80°C: Remove óleo, graxas e impurezas.
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Enxague: Limpeza do processo anterior com água corrente
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Refinador: Condicionar as superfícies, a serem fosfatizadas para obtenção de uma camada de fosfato uniforme, densa e micro-cristalina, evitando falhas ou imperfeições da camada de fosfato depositado para não comprometer a qualidade do processo.
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Fosfatização: Depositar sobre as superfícies uma camada de fosfatos metálicos flexíveis e firmemente aderida ao substrato, preparando-o para receber revestimentos orgânicos, proporcionando melhor aderência e resistência a corrosão.
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Enxague: Limpeza do processo anterior com água corrente
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Tanque Estufa: secagem das peças a temperatura de 100 °C.
O pré-tratamento da superfície que antecede a pintura também pode ser feito de acordo com as especificações ou normas de cada cliente, estas particularidades são determinadas na fase de desenvolvimento de algum produto em função da aplicação ou ambiente em que será submetida uma determinada peça.
Aplicação da Tinta em Pó
Trata-se de um processo de pintura no qual a tinta aplicada na peça não se apresenta no estado líquido, mas sim em estado sólido na forma de um pó impalpável.
Na aplicação da pintura, a tinta, na forma de pó, é soprada no ambiente em torno da peça, e não diretamente na mesma.
Ao passar pelo equipamento de pintura, o pó recebe uma carga elétrica aplicada por um eletrodo, cujo potencial pode atingir até 100 000 Volts.
As micro partículas de pó, eletricamente carregadas, são atraídas pela peça, formando uma camada aderente eletrostaticamente a esta.
A tinta se deposita sobre toda a superfície imersa na nuvem de pó, independente deste pó ser lançado diretamente na superfície ou no ambiente envoltório.
Cantoneira, por exemplo, pode ser pintada internamente sem que a tinta tenha sido lançada neste lado, pois o pó em suspensão no ar em volta da peça é atraído para a mesma devido a carga elétrica.
Após a deposição do pó sobre a superfície, de modo uniforme e com a espessura de película desejada, a peça deve ser aquecida em estufa à 220ºC durante cerca de 20 minutos para a polimerização da tinta. Durante este processo os componentes que constituem a tinta reagem entre si, ficando em estado pastoso e penetrando nas micro porosidades da superfície da peça formando um ancoramento. Durante o resfriamento da peça a tinta, já polimerizada, forma uma película aderente de difícil remoção.
